quarta-feira, 27 de maio de 2009

Desejos Vãos.

Eu queria ser o Mar de altivo porte
Que ri e canta, a vastidão imensa!
Eu queria ser a Pedra que não pensa,
A pedra do caminho, rude e forte!

Eu queria ser o Sol, a luz intensa,
O bem do que é humilde e não tem sorte!
Eu queria ser a árvore tosca e densa
Que ri do mundo vão e até da morte!

Mas o Mar também chora de tristeza…
As árvores também, como quem reza,
Abrem, aos Céus, os braços, como um crente!

E o Sol altivo e forte, ao fim de um dia,
Tem lágrimas de sangue na agonia!
E as Pedras… essas… pisa-as toda a gente!…

Florbela Espanca - Livro das mágoas.
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Florbela Espanca, a tradução da dor e desespero.
Uma poetisa singular em suas palavras e história de vida.
Não um exemplo, mas uma moral.

Aqui venho também falar da minha vontade de escrever um livro de poesias.
O gênero? Não sei.
Identifico como uma mistura entre ultra-romântico e pós-moderno.
Minhas coleções já estão sendo arquivadas para em breve escrever a minha obra.
Uma vida, uma terapia escrita.
Queira Deus que tudo dê certo. Espero ansiosamente que sim.

Espero que tenham gostado do poema que postei; Florbela é uma de minhas grandes inspirações.
Em especial a obra: O livro das mágoas que foi escrito pela mesma.
Uma obra ímpar..a quem se interessar, está muito bem recomendado.

Um comentário:

Marcelo Ribeiro disse...

Bem interessante, mesmo. Olhei os contos anteriores, e achei alguns polêmicos, mas bons de ler. Abraço!!!