segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Vazio

Novamente o vazio de outrora.
Novamente a solidão, a rejeição.
Uma inquietação interior, próxima de um desespero.
São como lágrimas que molham a alma mas timidamente não se mostram no rosto.
O maldito choro que não vêm.
Este maldito sentimento contido que se lava em sangue.
Não há descrições para a dor que se sente.
Não há santo que compreenda a causa.
E eu que tanto lutei, tanto sonhei... de nada adiantou.
Eu que de tanto amei, tanto anseei... sobrou apenas o silêncio.
São cenas românticas que passaram em minha mente.
Foi uma vida que nunca vivi.
Tais cenas verteram-se em um luto sem fim.
Em imagens de agonia e desesperança.
Me apaixonei por uma ilusão
Ah! Eu amei.
De fato, amei.
E como dói reconhecer a derrota do descaso.
Quão amargas tornam-se cada sílaba pronunciada na tentativa de se explicar.
Quanto pesar se sente por manter isto dentro de si.
Uma vontade de morte que anula o medo do futuro póstumo.
Cantem novamente esta réquiem. Cantem-na como a um louvor.
A vida é opcional, a morte é inevitável.
Diante tanto sofrimento, não existem más idéias. São apenas idéias.
Tolas, vazias, sem significado.
Estou vazio. Mas sinto uma onda ácida que me corrói por dentro.
São todas as lágrimas nunca derramadas.
Tornam-se o mais potente e corrosivo ácido.
Queima-nos por dentro e não se reconhece de onde surge ou como vai.
Apenas está.
De quanto desespero estas palavras são formadas?
De quanto pesar cada sílaba fora desenhada?
Não se sabe... Reconhece-se, identifica-se, mas não se sabe a profundidade.
E então, se perde novamente... Se esvai novamente.
É uma brisa, é um piscar, é um adeus.
Tragam-me o cálice da morte.
Deste soro quero me embriagar.
Nunca mais olhá-lo.
Nunca mais reconhecê-lo.
Sempre nunca mais.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

The magic numbers - I see you, You see me

http://http//www.youtube.com/watch?v=gCBF6PGQxxg

I never wanted to love you, but that's okay
I always knew that you'd leave me anyway
But darling when I see you, I see me

I asked the boys if they'd let me go out and play
They always said that you'd hurt me anyway
But darling when I see you, I see me

And it's alrightI never thought I'd fall in love again
It's alrightI look to you as my only friend
It's alrightI never thought that I could feel there's something
Rising, rising in my veins
Looks like it's happened again

I never thought that you wanted for me to stay
So I left you with the girls that came your way
And darling when I see you, I see me

I often thought that you'd be better off left alone
Why throw a circle round a man with broken bones
But darling when I see you, I see me

It's alrightI never thought I'd fall in love again
It's alrightI look to you as my only friend
It's alrightI never thought that I could feel there's something
Rising, rising in my veinsLooks like it's happened again

You always looked like you had something else on your mind
When I try to tell you, you tell me "nevermind"
But darling when I see you, you see me

I wanna tell you that I never loved anyone else
You wanna tell me that you're better off by yourself
But darling when I see you, you see me

This is not what I'm like, this is not what I do
This is not what I'm like, I think I'm falling for you

This is not what I'm like, this is not what I do
This is not what I'm like, I think I'm falling for you
I never thought that I could feel there's something
Rising, rising in my veins
And it looks like I feel there's something
Rising, rising in my veins
Looks like it's happened again




Quando os sentimentos não se expressam por si só, surgem melodias que transmitem tal sintonia.

sábado, 13 de novembro de 2010

Fantasias obsessivas.

Oh! Me sinto violado.
Como se houvessem ultrapassado o limite de minha própria vontade, atingido o limiar para uma fúria iminente.
Como se houvessem me despido, e agora me sinto inseguro, sem qualquer defesa.
Talvez seja este o motivo de nunca haver divulgado tal blog, permanecendo cada um destes pensamentos, poemas, contos em um extremo sigilo.
São palavras que preenchem minha alma e tomam um contorno silábico, formando aquilo que sou. Aquilo no mais profundo que possa existir em um ser humano.
Idéias das quais recusamos pensar, ou sentir tais emoções.
Sempre me afirmei com tanta veemência ser um sujeito que nega a si sentimentos fraternos ou de afeição ao próximo. Algo com que chamam de amor.
Nunca acreditei nesta instância e tampouco me fiz conhecedor de tal.
Negação é um dos mecanismos de defesa mais primitivos e prematuros que o ser humano adquire.
O fato é: Tornar tais pensamentos públicos seria o mesmo que descobrirem que sou capaz de amar, portanto, suscetível a defeitos; tendo o amor como um próprio defeito.
Um defeito ou fraqueza irremediável que nos reduz às mais inóspitas cárceres afetivos.
Nos tornamos escravos de nossos sentimentos, de nossos pensamentos que tomam autonomia.
E tudo é tão ameaçador! Que não saibam quem sou além daquilo que desejo mostrar ou manipular.
Talvez eu esteja certo em pensar que amor é para os fracos. Talvez eu esteja enganando a mim mesmo, já que de fato, não te-lo vivido não necessariamente refuta tal sentimento.
Sou um ser humano extremamente romantico e romantizado em formas mais arcaicas e obsoletas possíveis. E talvez isto me torne realmente especial. Uma espécie extinta de extrema raridade, mas que aos olhos dos demais possam provocar apenas sarcasmo, cinismo ou indiferença.
Talvez o olhar de reprovação sobre tais conteúdos de extremo pesar afetivo possam ser a justificativa principal de ainda não haver escrito um livro, ou divulgado estes textos, ...
O olhar de reprovação alheio enudece e arranca todas as defesas, nos torna vulneráveis a quaisquer tipos de ofensas ou elogios.
Não gostaria de ser constantemente apontado como "o garoto que escreve sobre (...)" tal assunto. Não gostaria que olhassem pra mim e reconhecessem um ser humano com capacidade de amar.
Não gosto que olhem para mim e vejam um garoto solitário. Isto é fraquesa, e tais adjetivos eu nego.